Neste mês é comemorado o dia da Consciência Negra no Brasil.
Infelizmente, foi necessário criar oficialmente um dia para isso e tornar por meio de lei obrigatório o estudo e a discussão das questões raciais nas escolas para que houvesse mais atenção a esse respeito.
Porém, há muito caminho a percorrer até que haja de fato a valorização de uma CONSCIÊNCIA NEGRA no país. Além do preconceito ainda existente nos pequenos detalhes do dia-a-dia, herança de séculos de uma colonização forçada baseada no trabalho escravo, uma das maiores dificuldades encontradas para o estabelecimento de ideais de igualdade racial diz respeito à identidade.
Muitos negros e seus descendentes negam a própria cor, e não é difícil encontrar as razões histórico-sociais para tal fato: ser chamado de crioula, "negão", preto, encardido e outras palavras afins pode ser considerado ofensa, de acordo com a intenção de quem as proferir. Há certa resistência, talvez até medo, de utilizar as palavras corretas, e com orgulho.
- Sou preta, sim senhor...não sou "moreninha".
- Sou negro, esta é minha cor!
O que falta é uma reflexão mais profunda sobre o assunto, e não apenas dos negros, mas de toda sociedade.
Como mesmo os caminhos mais longos começam com passos, vemos que algo começa a acontecer. O trecho a seguir foi retirado do blog http://ofrontispicio.blogspot.com/:
"Começa nesta sexta-feira, dia 6 de novembro, a V Expo Negro Sim. Diversos artistas expõem em suas obras reflexões acerca das questões raciais, da diversidade cultural e da condição de ser negro no Brasil.A exposição ficará no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi, em Suzano (Av. Benjamin Constant, 682 - Centro), até o próximo dia 30.O evento, que acontece no mês em que se comemora o dia da Consciência Negra (20/11), tem por objetivo valorizar as contribuições trazidas pelos povos africanos para a formação da cultura brasileira e discutir a igualdade racial por meio da expressão artística. "
Você vai?
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