Atravessando fronteiras

Recentemente encontrei com duas peruanas na região da 25 de Março, em São Paulo, e elas gostaram muito do trabalho em camisetas.

Esses modelos foram feitos exclusivamente para elas, e a esta altura já estão no Peru.

Leonardo

De acordo com o site www.suapesquisa.com, Leonardo da Vinci, 15/04/1452 (Calendário Juliano) ou 25/04/1452(Calendário Gregoriano) , "foi um dos mais importantes pintores do Renascimento Cultural. É considerado um gênio, pois mostrou-se um excelente anatomista, engenheiro, matemático, músico, naturalista, arquiteto, inventor e escultor."
Apesar de ter vivido em uma época na qual os recursos tecnológicos eram escassos e a informação demorava muito a chegar às pessoas, Da Vinci desenvolveu projetos incríveis, mostrando-se um verdadeiro visionário. Até hoje se discute sobre sua genialidade e muitos arriscam determinar a ele um número de Q.I. (é claro, mais elevado do que o da maioria dos reles mortais).
Como se tudo isso fosse pouco, foi o criador de uma das mais famosas e controversas obras de arte de todo o mundo: a Monalisa.
Neste mês é comemorado seu aniversário. É uma pena que tão poucos como ele tenham existido, mas sua alta popularidade nos dias atuais prova que a arte e a ciência sobrevivem ao tempo.

Segundo definição do Museu Internacional de Arte Naïf, o termo

"naïf é o mais empregado para o gênero de pintura chamado também de ingênuo e às vezes primitiva (no Brasil). Na época em que foi lançado, o termo naïf era um apelido, como em outras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc.".

Vale a pena conhecer mais. No caso dos artistas brasileiros, a Arte Naïf é o estilo que mais representa a nossa cultura popular, já que há tantos anônimos espalhados por aí. O painel ao lado é meu, mas nem chega aos pés daqueles que estão há anos fazendo sua arte e expondo em praças, feiras, etc.

Campo florido

Dando crédito a quem merece: a tela original é de Angela Dib, mas como ela colocou à disposição para reproduções, também fiz o exercício. O resultado saiu diferente, porque cada um tem um jeito próprio de agir, e mesmo inconscientemente acabamos por deixar muito de nós em tudo o que fazemos. Ao ver a tela pronta, lembrei-me mais uma vez de Paulo Leminski:

Eu

eu

quando olho nos olhos

sei quando uma pessoa

está por dentro ou está por fora

quem está por fora

não segura

um olhar que demora

de dentro do meu centro

este poema me olha

paulo leminski

fonte: caprichos&relaxos

Ed. Brasiliense, 1983

Camisetas

Um cravo

Esta foto é de uma cela do memorial da resistência, na Estação Pinacoteca.

Todo o cenário não nos deixa esquecer de um período negro em nossa História recente, e essa imagem é forte e doce ao mesmo tempo, tendo um significado especial para os prisioneiros políticos da ditadura do Brasil que lá estiveram.

Um pouco de poesia

Não minha, do Drummond.
Quem não conhece muito do poeta, precisa conhecer. Para quem já conhece, é sempre bom reler.

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência, essa ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.

Mais menininhas - e menininhos

A Revolução dos Cravos , ou movimento 25 de abril, foi o golpe que derrubou o regime salazarista, que vigorava em Portugal desde 1926.
No dia 25 de abril de 1974 a revolução explode, a partir de uma senha: a música Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso, antes proibida pela censura, é tocada em uma emissora de rádio à meia-noite desse dia.
Quase sem resistência das forças aliadas ao governo, os militares revolucionários conseguem depor Marcelo Caetano e, em clima de festa, o povo sai às ruas, distribuindo cravos (símbolo nacional) aos soldados em agradecimento pela devolução da liberdade.

ZECA AFONSO
Grândola Vila Morena

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Lembrando do episódio, temos também essa canção de Chico Buarque ( a mesma da camiseta). Esta é a segunda versão,feita em 1978, porque a primeira foi censurada:

TANTO MAR -

Foi bonita a festa, pá

Fiquei contente

E inda guardo, renitente

Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá

Mas certamente

Esqueceram uma semente

Nalgum canto do jardim

Sei que há léguas a nos separar

Tanto mar, tanto mar

Sei também quanto é preciso, pá

Navegar, navegar

Canta a primavera, pá

Cá estou carente

Manda novamente

Algum cheirinho de alecrim

6. AÇO E FLOR

Quem nunca viu que a flor,

a faca e a fera tanto fez como tanto faz,

e a forte flor que a faca faz na fraca carne,

um pouco menos, um pouco mais,

quem nunca viu a ternura que vai

no fio da lâmina samurai,

esse, nunca vai ser capaz.

(poesia de Paulo Leminski - pintura minha, de 2001)

Menininhas magricelas

Aí estão mais modelos, agora com menininhas magricelas.

Camisetas customizadas

O fuxico tem uma cara bem brasileira. Surgiu no nordeste há mais de 150 anos, e tem esse nome porque as mulheres, enquanto faziam suas trouxinhas de tecido, aproveitavam para fofocar, fazer intrigas.

Um começo

Este é meu primeiro post.
Em breve vocês poderão visualizar alguns dos meus trabalhos.
Até logo!