No dia 25 de abril de 1974 a revolução explode, a partir de uma senha: a música Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso, antes proibida pela censura, é tocada em uma emissora de rádio à meia-noite desse dia.
Quase sem resistência das forças aliadas ao governo, os militares revolucionários conseguem depor Marcelo Caetano e, em clima de festa, o povo sai às ruas, distribuindo cravos (símbolo nacional) aos soldados em agradecimento pela devolução da liberdade.
ZECA AFONSO
Grândola Vila Morena
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
TANTO MAR -
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto do jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim
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